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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

                         Probióticos uso na Avicultura




Introdução

A arrancada para o desenvolvimento da avicultura brasileira teve início na década de 60, juntamente com a utilização de antibióticos e outros quimioterápicos em larga escala na produção de frangos de corte, para prevenir determinadas enfermidades. Com o passar do tempo, começaram a ser usados também como promotores de crescimento em doses subterapêuticas.

A partir da década de 80, tanto pesquisadores quanto produtores começaram a notar que determinadas cepas bacterianas haviam se tornado resistentes aos antibióticos utilizados e que uma parcela considerável da flora normal do trato gastrintestinal havia sido diminuída ou até mesmo eliminada devido a sua ação não seletiva.

Dentro desse contexto, começou a ser formado um novo conceito de aditivo, dentro da comunidade científica internacional, que poderia vir a substituir os antibióticos na produção de frangos de corte sem causar danos à flora intestinal normal e sem deixar resíduos na carcaça dos animais. Esses aditivos receberam o nome de probióticos. Segundo FULLER (1989), os probióticos são suplementos alimentares à base de microrganismos vivos que afetam beneficamente o animal hospedeiro, promovendo o balanço da microbiota intestinal.

Mecanismos de Ação
dos Probióticos

Aproximadamente 90% da flora intestinal das aves são compostas por bactérias facultativas produtoras de ácido lático (Lactobacillus, Enterococcus, etc.) e bactérias anaeróbicas estritas (Fusobacterium, Eubacterium, etc.). Os 10% restantes consistem de Escherichia coli, Clostridium, Staphylococcus, Pseudomonas, e outros (FOX, 1988).

As aves são submetidas a vários fatores de estresse, tais como, transporte do incubatório às granjas comer
ciais, superpopulação nos aviários, vacinações e mudanças de temperatura. Isto tende a induzir um imbalanço na microflora intestinal e prejuízos ao mecanismo de defesa corporal da ave (JIN et al., 1997), causando uma baixa performance produtiva e infecções intestinais, como putrefação do intestino com formação e liberação de toxinas; comprometimento do crescimento, redução da qualidade da carne e redução da eficiência reprodutiva; possibilidade de bactérias oportunistas tornarem-se patogênicas; aparecimento de infecções, diarréias e anemias (FOX, 1988).

Ao se pesquisar alternativas para a substituição dos antibióticos na produção animal, estudiosos centralizaram suas atenções em um dos mecanismos de defesa natural dos animais, os microorganismos presentes no trato gastrintestinal. Assim, os probióticos passaram a ser uma alternativa eficaz de substituição dos antibióticos, agindo como promotor de crescimento no tratamento de diarréias alimentares e/ou bacterianas.

Os microrganismos utilizados como probióticos são Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus plantarum, Lactobacillus bulgaricus, Lactobacillus casei, Lactobacillus faecium, bactérias gram-positivas produtoras de ácido lático, habitantes naturais do trato gastrintestinal e que agem efetivamente como probióticos, aderindo ao epitélio intestinal e colonizando o trato. Outros, como Bacillus subtilis, Bacillus toyo e Bacillus bifidum são utilizados combinados, isolados ou as vezes associados a leveduras, enzimas e outros agentes, com a finalidade de auxiliar as bactérias produtoras de ácido lático na sua colonização (MARUTA, 1993).

Dentre estes, os microrganismos mais utilizados são Bacillus subtilis (classificado como transitório no trato gastrintestinal, pois não possui a capacidade de se fixar ao epitélio intestinal, mas a de auxiliar na multiplicação e colonização dos produtores de ácido lático); Lactobacillus acidophylus (bactéria que produz
ácido lático a partir da fermentação de açucares é anaeróbica facultativa e é exigente nutricionalmente, necessitando para o seu crescimento das vitaminas: niacina, riboflavina e ácido fólico); além do Enteroccoccus faecium (microrganismo bastante agressivo e um pouco mais resistente a altas temperaturas do que os Lactobacilus.

Os probióticos agem por exclusão competitiva, aderindo a sítios específicos localizados no epitélio intestinal diminuindo, dessa maneira, a colonização por microrganismos patogênicos. O mecanismo de exclusão competitiva não está totalmente esclarecido, entretanto várias pesquisas foram feitas e podem-se levantar algumas formas de atuação dos probióticos (FOX, 1988 e JIN et al., 1997):

  • No intestino, os microrganismos do probiótico realizarão uma rápida metabolização de substratos (açucares, vitaminas, aminoácidos, proteínas), tornando-os indisponíveis aos patógenos e, por consequência, impedindo a proliferação destes.
  • Através da produção do ácido lático, provocam uma redução no ph intestinal, tornando o meio impróprio para a multiplicação dos agentes patogênicos.
  • Secretam proteínas (bacteriocinas) que têm uma ação inibitória ou destrutiva contra uma cepa específica de bactéria.
  • As bactérias produtoras de ácido lático podem estimular a produção de anticorpos e a atividade fagocítica contra patógenos no intestino e em outros tecidos do corpo.
  • Bactérias benéficas aumentam a atividade enzimática no trato gastrintestinal.
  • Aumento da área de absorção do intestino delgado.

A interação desses mecanismos promovem um equilíbrio da microbiota intestinal, o que trará diversos benefícios ao animal.
                                                                                           Bibliografia a disposição.

Informações complementares com oityfreitas@hotmail.com .

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

COMO NASCE UM PARADIGMA.




Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jacto de água fria nos que estavam no chão.
Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancada. Passado mais algum tempo, mais nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas.
Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que lhe bateram. Depois de alguma surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada.
Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato.
Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato.
Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foram substituídos.
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar às bananas. Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..."
Não deves perder a oportunidade de passar esta história para os teus amigos, para que, de vez em quando, se questionem porque fazem algumas coisas sem pensar...

    "É MAIS FÁCIL DESINTEGRAR UM ÁTOMO DO QUE UM PRECONCEITO"
     compilado por    oityfreitas@hotmail.com                                          autor desconhecido
Produtor se você além do sertanejo gostar de Rock   não deixe de ouvir: www.zoraidefm.com.br
    

domingo, 21 de agosto de 2011

DIFERENÇAS ENTRE BOI VERDE E BOI ORGÂNICO.






Artigo de Antônio da Silva Dias, médico veterinário homeopata e pesquisador da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola. Este artigo foi resumido por João Mangabeira – Pesquisador da Embrapa e membro da Rede Agroecologia. 

O perfil do consumidor está mudando. Todos estão preocupados com o grau de contaminação dos alimentos, quer seja a sua origem animal e vegetal. Cada um quer ter uma boa qualidade de vida e não há dúvida de que ela começa pela boca. Na trilha das oportunidades para viabilizar seus negócios, os produtores já perceberam esta fato e estão procurando adequar-se à realidade do mercado. Assim, na área da exploração de carne, surgiram os nomes de boi verde e boi orgânico. Por vezes, o público pensa tratar-se de uma carne obtida da mesma forma ou de forma semelhantes, porém a idéia não corresponde à verdade.

O termo boi verde nasceu na Argentina, há alguns anos, quando os pecuaristas sentiram necessidade de criar um meio de diferenciar seus produtos nos mercados internacionais. Toda propaganda passou, então, a fazer-se baseado na divulgação de que a carne argentina tem a sua origem em animais que, desde o seu nascimento, foram criados soltos, mamando vários meses e cujas alimentação, após o desmame, foi basicamente em pastagens, sendo, portanto, animais, como eles mesmo chamam "felizes", sendo esta uma forma de marketing. Mais recentemente, este termo foi introduzido no Brasil por pecuaristas que alimentam seus animais a pasto, com uso de insumos químicos sintéticos para cura e algumas vezes adubações químicas das pastagens, geralmente em criações extensivas, tendo o mesmo significado que na Argentina, embora, em termos de propaganda, a ênfase seja mais relacionada com a alimentação de que se trata de uma carne mais saudável, com teor de colesterol inferior.

O que concerne ao termo boi orgânico, tem a ver com animais criados nos sistemas de produção também denominados de orgânicos (biodinâmicos, ecológico, nativo, natural ou biológico) aproveitando apenas produtos e recursos naturais no processo produtivo, além de terem de respeitar os princípios ecológicos de convívio com o meio ambiente e sua utilização pelo homem. No Brasil, a produção orgânica de boi já está regulamentada. E como nos sistemas orgânicos de produção, a base fundamental é o solo, o primeiro ponto indispensável é a proibição de qualquer insumo químico sintético, com alimentação a pasto ou confinamento sendo de origem orgânica. È totalmente proibido o uso de drogas químicas sintéticas no tratamento dos animais, e é imprescindível haver o respeito ao bem estar dos mesmos. Nestes sistemas, portanto, a prevenção tem um papel muito mais importante do que a cura. 
No entanto, tanto para a prevenção como para cura, só é permitido o uso da homeopatia, da fitoterapia, da acupuntura e de microorganismo (não/OGM).(organismos não maodificados).
Aprofundando o assunto, chega-se à questão: O que é um alimento bom? Bem, em primeiro lugar, ele tem que ser saudável, mas também nutritivo, saboroso e com bom aspecto. Os alimentos de origem orgânica encaixam-se perfeitamente nestas condições já a partir do fato de que ocorre a ausência total de possíveis contaminantes na cadeia produtiva. Além disso, estudos recentes têm mostrado que são superiores do ponto de vista nutricional (mais ricos em vitaminas, minerais e mesmo aminoácidos essenciais). Quanto ao sabor.... quem provou sabe perfeitamente. No que concerne ao aspecto, sem dúvida, quando o sistema orgânico está em equilíbrio, a aparência é inclusive melhor.

Podemos, então, verificar que as diferenças entre boi orgânico e boi verde são consideráveis, mas quem decide é o consumidor que sempre vai ter a última palavra na decisão sobre o que quer financiar, se uma boa qualidade de vida, do ponto de vista alimentar e de proteção ao meio ambiente, ou se prefere continuar sendo iludido com as meias verdades do boi verde.


Compilado por Freitas